quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Relato Criativo (fique à vontade p/ acrescentar o "só que não")

*(antes de começar a ler este post, repare que aderi palavras novas, elas estarão em negrito, intento enfatizá-las, uia começou daqui, haha! ;P)
Estava eu aqui pensando.
Pensando em como é dignificante trabalhar e possuir seu abre aspas rico fecha aspas dinheirinho.
Mentira...Não era nisso que eu estava pensando.
Verdade seja dita, comecei a imaginar o dia em que terei uma ideia brilhante, mas tão brilhante que, além de enriquecer, mudarei o mundo!
Quem nunca?
Quem nunca quis revolucionar o mundo com alguma ideia mirabolante?
Quem nunca pensou em projetar algum invento tão inovador, que o professor Pardal ficaria com inveja (mesmo sem as qualificações!)?
E agora, com esta coisa do Youtube bombando, quem nunca quis gravar um vídeo, postar lá e desejar que este se torne viral...independente da mensagem que transmite?
Quem nunca misturou tudo isso com todas as vontades fúteis, esquecendo completamente de um bem-maior, pensando apenas em seu umbigo?
Eu já!
Várias vezes.
E de vez em quando, ainda me imagino ganhando um prêmio Nobel, isso sem ideia alguma definida na mente.
Questiono minha criatividade, entro em conflito com minha massa cinzenta, digo:
"Faça algo logo, estou cansada dessa vida de proletariado!"
Aí, a massa cinzenta responde:
"O fato de te ajudar a criar algo revolucionário, não te garante riqueza alguma, porque daí chega outro, melhora tua ideia e tcharã, tu fica esquecida!"
Então eu a ignoro (a massa cinzenta), e me volto com esperança para o coração:
"Querido, o que me dizes?"
E o coração, sempre muito sincero e nem sempre esperto, diz:
"Faça Thatá, enfrente o mundo defendendo seu poder criativo, estarei sempre contigo."
E eu me inclino a ouvir o coração, que costuma dar respostas que eu quero ouvir (com suas exceções, óbvio!)!
Mas devo admitir, meu poder criativo tem suas limitações, na verdade, as vezes ele foge, até quando preciso nomear algum documento, ou uma foto que, convenhamos, nem exige tanta criatividade assim, logo fica tudo salvo mais ou menos desta maneira:
  • fotorosto2013
  • fotomelhorzinha
  • niceface2013
  • aquelaqueeutocomfulano
Ou algum documento:
  • cartadeapresentaçaodigna
  • determinadaempresacoisas
Ok, eu recorro a praticidade nesta hora, certo? Tá tudo ali no nome do arquivo, tudo o que preciso saber, sem mais delongas...
Mas ainda assim...Já tive ideias toscas, mas de todas elas, essa se sobressaiu:
  • vassoura com cabo ajustável (devido a minha estatura, que não é tão alta assim, vassouras me deixam desconfortável, sempre tenho que me dobrar pra exercer qualquer tarefa, então minha ideia era fazer com que o cabo permitisse que eu me mantivesse reta, eu o ajustaria de acordo com meu tamanho, (acompanhe o raciocínio) viria também com alguma espécie de lupa acoplada perto das cerdas, porque senão não iria enxergar o que estava limpando! e como o cabo da bendita vassoura seria ajustável, qualquer pessoa, de qualquer estatura realizaria seus afazeres da melhor maneira possível), poderia se chamar Vassourete Cabo Flex (marca registrada, hein?).
Mas, como vivemos na era do ovo em caixinha, modernidade e "blábláblá", é provável que alguém já tenha pensado nisso...Ou melhor, já tenha inventado o aspirador de pó... Opa. 
Existem aspiradores de cabos ajustáveis?  Dã, sim!
Viu?
Minha ideia não podia ser pior!
Decidi então criar um cosmético revolucionário, que faria...Ãhn...É...Ok, não sei ainda o que ele poderia revolucionar...Mas esta é uma ideia aceitável.
E enquanto a ideia do produtinho não floresce, acho que deveria escrever um livro, um livro marcante, divisor de águas, mais famoso que a saga Crepúsculo, ou Harry Potter, ou Cinquenta Tons de Cinza...
Acho que a história deve conter UNICÓRNIOS, unicórnios falantes e assassinos...
Ou um livro sobre uma porta, uma porta com super-poderes...
Ou livro que a personagem principal fosse uma meia, falante óbvio, senão não teria sentido (há uma certa fixação por meias me atormentando nas últimas semanas, mistérios...)!
E aí? Vocês que sempre me incentivaram a perseguir a carreira literária, comprariam?
"Cri-cri, cri-cri..."
Foi o que pensei.
Só que no caso, ele seria do mal! Buuuuuuu!
Hahahaha!
Mas não me preocuparei mais, 
Enquanto a ideia de algum site que realiza zilhões de coisas, ou um vlog no youtube, ou um livro de sucesso, ou a cura da AIDS, ou o famigerado produtinho não aparecem, me contento em deixar os detalhes da minha vida, todos muito bem acertados...
Porque daí então, quando o pensamento que mudará minha vida, surgir...
Estarei pronta!
E mudarei o mundo!
Ou não.
Baby's steps...
Hahaha...

Beijo, então!

(olha aí, nem cogitei a possibilidade do meu blog fazer sucesso...sucesso...sucesso? HAHAHAHAHAHA, considere esta risada verdadeira!)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Relato sobre Sinceridade (ou a falta dela).

Tô achando tudo muito chato.
O tempo anda feio. Há trânsito em todo lugar e andar de ônibus não é uma aventura, como  já insisti em afirmar.
Tô andando de mãos dadas com a preguiça porque ela não me condena, mas honestamente não tô gostando muito dela também.
Não tô gostando da quietude.
Mas vez ou outra não gosto do barulho.
Não gosto de conversar quando acordo.
Não gosto que me acordem.
Não gosto de chuva. (sim, eu sei que é necessária, mas eu não preciso gostar!)
Não gosto do cheiro das rosas.
Não gosto de animaizinhos e poucas crianças me chamam a atenção.
Não gosto de mim quando grito e não gosto de meninos que gritem.
Não sinto vergonha ao dizer que não conheço aquele cantor "famoso" que anda por aí na mídia.
Não gosto de Madonna, nem de música sertaneja.
Não gosto de novelas, não gosto de reality shows brasileiros, não gosto de MPB.
Não entendo política, por isso não digo que não gosto.
Não me sinto desconfortável usando saias.
Não gosto de pão com manteiga, nem de leite, nem de café com leite.
Não gosto de arroz com feijão.
Não gosto de perfume.
Não gosto de posar pra fotos.
Não gosto da maioria dos memes que rolam por aí.
Não gosto de fazer charminho.
Não tenho paciência com gente influenciável que muda de acordo com o interesse.
Não gosto de algumas pessoas.
Mas não gosto principalmente daquelas pessoas, que não admitem suas verdades, porque estas verdades contrariam o que alguém esperava de você.
Tu é um(a) imbecil.
(Não estou aqui propagando minha originalidade, porque sei que existem mais umas 500.000 pessoas com o mesmo pensamento que o meu.)
Grrrrrrrr!

Vou confessar que acho TUDO muito chato ultimamente, pelo simples fato de ser TUDO igual.
Indivíduos não se dão mais ao trabalho de "gostar" do que "gostam", ou não "gostar" do que "não gostam".
Eles "gostam" do que todo o resto "gosta", mesmo que "não gostem"!
(entendeu?)
Exige muito esforço defender suas próprias ideias e apresentar aos outros aquilo que você realmente aprecia.
E eu sei.
Na minha opinião os "círculos sociais" se mostram cada vez mais exigentes e cada vez mais superficiais, porque honestamente quem exige que você mude muito para se adaptar a uma amizade, não é digno de te ter como amigo, porque simplesmente não valoriza quem você é.
As pessoas estão sempre tentando te transformar e de uma forma ou outra dizem que o estranho é você!
Hunf.
Então por experiência própria, parei de achar que ser "estranha" é uma coisa ruim.
Porque até onde eu vejo estranhos são eles que se obrigam a "receber ordens" (in)diretas talvez de alguém que não sabe o que é melhor nem para si próprio.
Sei que este assunto já anda meio desgastado mas, no fundo, no fundo acho que tudo isso está relacionado a falta de sinceridade.
Se acostumam a viver de mentiras, sendo desonestos com suas próprias personalidades por pura carência afetiva, o que pensando bem, não justifica, porque quem se sente carente busca relacionamentos duradouros e profundos, certo?
Então tem mais a ver com status? Tem a ver com o que as pessoas "de fora" dirão?
Provavelmente.
Enquanto essa gente se apega a superficialidade das relações através da anulação de suas próprias opiniões, seu crescimento pessoal fica comprometido. Não há desenvolvimento e você para de viver "por você". E aí então, quando as amizades de "5 minutos" decidirem que tu é indispensável, sobra o quê exatamente?
Hein?
Milhares de opiniões não expressadas, vestidas em alguma roupa odiosa que acharam que ficaria melhor em você.
Não sei porque, mas sinceridade é algo que defendo RADICALMENTE, mesmo sabendo que esta é uma ideia retrô!
Nunca me arrependi de ser quem sou, e nunca me arrependi de ser "lançada fora" porque não combinava.
Só queria que as pessoas se amassem mais, amassem seus desejos mais do que as opiniões alheias, e defendessem seus ideais de vida mesmo com a desaprovação de alguns.
"Seja você mesmo, um original sempre vale mais que uma cópia!"

Enquanto o fato de gostar de gibis, seriados não tão conhecidos, músicas desconhecidas, roupas mais velhas, salgadinho com café, livros que não estão na moda, sapatos de velha...
Enquanto o fato de ser a favor de ideias consideradas retrógradas e o fato de querer ser o que outros não querem, interferir em minha adaptação a algum círculo novo, só crescerá em mim a certeza de que manter as amizades antigas é uma dádiva.
E eu pretendo preservá-las.
Porque sempre se mostraram profundas e honestas, mesmo em momentos de discordância respeitaram a minha individualidade e vice-versa.
Me amo demais pra deixar que qualquer "pensamento inovador" anule minha voz,  e meu propósito de existência.
Se eu não gosto, falo. Me chamem de estranha, de crítica, ou o que quiserem.
Eu sou.

Tenho dito.
Beijos,
Thatá.