quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

RELATO SOBRE UM CRACHÁ POLÊMICO

Eis que anteontem, estava eu trabalhando dignamente às dez e pouco da noite atendendo um cliente lá, um moço normal, educado.
Tudo transcorria em perfeita ordem até que o moço olhou para meu crachá, e olhou pra mim, e olhou para meu crachá e olhou pra mim...Tentou se segurar, mas não aguentou:
"Moça, é você aí, nesse crachá?"
Eu olhei fixamente pra ele, pra ver se se tocava, que raios de pergunta era essa? (embora eu esteja muito diferente, qual seria o sentido de estar usando o crachá de outra pessoa? pufavô!)
Mas não pararia por aí...Ele continuou:
"Por que você fez isso no cabelo?"
Nessa hora tantas respostas surgiram em minha mente, e eu tive que lembrar dos meus pais, da minha necessidade em manter meu digno emprego e tive que lembrar de Jesus pra responder de maneira mais amena, mas com vontade:
"PORQUE EU QUIS."
E olha que essa foto é antiga, eu já mudei mais umas duas ou três vezes, hahaha!
Já estive assim...
E agora estou assim. :) Mas o crachá ainda é o mesmo.

O moço meneou a cabeça negativamente, e perguntou o que meu namorado tinha achado disso...Emiti uma porção de sons inaudíveis pra ver se ele percebia o quão desagradável tinha sido.
Ele percebeu?
Não.
Falou que eu parecia muito uma moça doida que andava lá pelo bairro, que ele olhava na foto do crachá e lembrava da moça.
E eu, agradeci o "up" que ele deu em minha auto-estima, e deixei ele seguir seu caminho.

Mas aí eu te pergunto:
O que é que um ser aleatório que nunca vi na vida tem a ver com o que fiz no cabelo???
A liberdade de expressão está deixando o pessoalzinho sem noção, já tinha ouvido falar, mas chegar ao ponto de bedelhar na vida de uma total desconhecida chega a ser revoltante.
Ninguém te obriga a elogiar ninguém, e ninguém te obriga a concordar com as escolhas alheias, mas respeitar outrem e perceber que cada um faz o que quer da vida É OBRIGATÓRIO!
O cabelo é meu, tinjo, corto, penteio e uso como quiser.
O corpo é meu, engordo, emagreço, e afins como eu quiser.
O rosto é meu, se eu quiser pintar de cor de abóbora e sair por aí me achando linda, o problema é meu.
Talvez eu observe teu estilo e não concorde. Mas a vida é tua, as escolhas são tuas e eu não conheço tua história.
Não tá bom deixar as pessoas serem felizes do que jeito que elas escolheram aparentar?
Tá né?
Vamos fazer isso?

Então tá.
Obrigada.
De nada.

Thatá

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

RELATO SOBRE ESSE PESSOAL MAL EDUCADO (tem hífen?)

Tô aqui no sofá. De boas. Pensando em meu dia.
Eu trabalho com o público e com certeza teria milhares de histórias pra te contar... Mas prefiro manter o sigilo, vai que alguém é primo do tio do moço(a) citado(a).
Deixemos. Voltemos ao meu pensamento.
Meu pensamento se volta neste momento a quantidade de gente SEM EDUCAÇÃO que tenho que lidar diariamente.
Falta bom dia, boa tarde, boa noite, por favor, com licença e obrigado.
Como que funciona agora? 
Não se usa mais as expressões acima? Caíram de moda? Não é VERÃO 2016 suficiente?
Um dos grandes problemas da situação toda é que a falta de educação e bom-senso se alastrou por todas as idades...
Ninguém mais escapa. (ou se livra)
Nem o idoso. Nem a criança. Nem o adolescente. Nem a senhora de meia-idade, e nem o senhor.
Caótico!
Idosos são aquelas pessoas que a gente sempre espera que carrega aquele montão de sabedoria... E educação, né? Porque já passaram por tantas coisas nessa vida, que desejam que as pessoas os tratem com mais cuidado, assim como eles tem mais cuidado ao se comunicar... (na minha cabeça). Não funciona.
E os jovenzinhos? Estão na escola e de vez em quando levam bronca da professora ou da mãe, pra falarem com mais jeitinho... E tal. Não funciona.
E os senhores e senhoras de meia-idade, a gente imagina que eles aprenderam com a vida a responder os "bom-dias". Também não funciona.
Gente, como assim? De que cratera esse povo saiu? Por que tenho a sensação de que os mal educados tão dominando o Brasil? (ou quem sabe o mundo)
PAREM! (Vou pedir por favor, pra não contrariar meu texto.)
Por favor.
Vocês vão parar? Vão aprender a conviver de boas na sociedade?
E vocês pessoas educadas, tentem ensinar o pessoal, aí? Por favor?
Dá um toque. Dá um sinal. Insiste no bom dia até se tocarem.
Se não funcionar...
Bem...
A gente tentou. Mas não queria que a gente desistisse.
Queria que a gente lutasse e fosse maioria.
Por favor?
Obrigada.
Com licença.
Tchau. 

Beijos,
Thatá.